Jovem
Inquieto!
Frei
Aldevir Jandres, OFMCap
Assistente
Espiritual Regional da JUFRA
Hoje, em nossa sociedade,
estamos caminhando em um caminho que por vezes não nos dá uma resposta para
amenizar nossos questionamentos. Todos nós, em nossa vida, procuramos pessoas
ou Santos que deram grande testemunho em sua vida, vivendo princípios
evangélicos que nos motivam, ainda mais, a sermos bons cristãos.
Por isso, cada um é convidado
a ser testemunho vivo do Cristo onde estiver. Temos que nos sentir realizados
na missão que assumimos perante toda uma comunidade, na qual estamos inseridos.
O verbo realizado é importante tê-lo
bem presente em nosso dia-a-dia, contudo, é o que as pessoas sentem quando
estão próximos de nós. Eis um grande desafio!
Portanto, se somos
desafiados a dar testemunho e, ao mesmo tempo, sermos realizados no que estamos
fazendo, seja na pastoral ou missão, tudo isto é sinal de que esta faltando
( ). Nesta dinâmica, salientamos o santo
de Assis como bem o conhecemos, São Francisco, dando seu testemunho no
cotidiano de sua vida. Com isto podemos nos perguntar: por que São Francisco
chamou tanto a atenção na sua época? Certamente, de imediato responderíamos: por
causa de seu testemunho, vivência do Evangelho.
São Francisco, seguindo as
pegadas de Jesus Cristo e procurando viver de tal maneira o Evangelho em sua
vida, foi e será sempre sinal ou, melhor dizendo, será sempre um convite
(chamado) a seguir as pegadas de Cristo. Para melhor compreendermos, citarei um
instrumento que logo que o escutamos sabemos de que se trata e qual seu
significado. Estou falando do sino da
Igreja.
Contudo, hoje, diante de tantas opções que
temos, cada vez fica mais difícil de serem feita as opções. Porém, as
diversidades que temos de escolhas em nossa sociedade exige muita atenção. Pois, toda a atenção na escolha
pode se tornar uma revolução.
Na vida de São Francisco ele
teve muitas dúvidas sobre qual caminho seguir. Depois de todo um questionamento
em sua vida e discernimento, Francisco se dá conta de que todos os caminhos se
dirigiam para o Senhor. Todos eles pareciam oferecer algo positivo na
construção do reino do Senhor. Entre tantos caminhos, um o conduzia para o alto
da solitária montanha onde o santo podia escutar o Senhor falando tão
claramente, com a voz alta do silêncio. E, ainda, Francisco podia escutar o
Senhor falando realmente claro, no vale entre a dor e as alegrias do povo da
cidade.
Contudo, podemos nos
perguntar: que caminho deveria seguir Francisco, oração ou pregação? Haveria um
jeito pelo qual o Senhor o estaria chamando para percorrer os dois caminhos? Os
Fioreti[1] (16) partilham conosco a solução que Francisco encontrou para seu
dilema. Como sempre, ele colocou seu problema diante do Senhor pela oração. Não
somente na oração, mas também na de seus companheiros e amigos Silvestre[2] e sua amiga Clara.
[1] O primeiro
nome foi “Actus Beati Francisci et Sociorum Eis”, isto é “Feito de São
Francisco e seus companheiros”. Posteriormente foi assim denominado “Os
Fioretti”.
[2] Foi o primeiro sacerdote franciscano, que exclamou comovido: "Como posso eu, sacerdote e
velho, ser menos generoso que estes jovens e ricos?" E, sem mais,
lançou-se com eles na aventura de viver o Evangelho. Tornou-se, assim, o
primeiro sacerdote da Ordem Franciscana.
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