quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Jovem Inquieto!

Jovem Inquieto!


Frei Aldevir Jandres, OFMCap
Assistente Espiritual Regional da JUFRA


Hoje, em nossa sociedade, estamos caminhando em um caminho que por vezes não nos dá uma resposta para amenizar nossos questionamentos. Todos nós, em nossa vida, procuramos pessoas ou Santos que deram grande testemunho em sua vida, vivendo princípios evangélicos que nos motivam, ainda mais, a sermos bons cristãos.
Por isso, cada um é convidado a ser testemunho vivo do Cristo onde estiver. Temos que nos sentir realizados na missão que assumimos perante toda uma comunidade, na qual estamos inseridos. O verbo realizado é importante tê-lo bem presente em nosso dia-a-dia, contudo, é o que as pessoas sentem quando estão próximos de nós. Eis um grande desafio!
Portanto, se somos desafiados a dar testemunho e, ao mesmo tempo, sermos realizados no que estamos fazendo, seja na pastoral ou missão, tudo isto é sinal de que esta faltando (  ). Nesta dinâmica, salientamos o santo de Assis como bem o conhecemos, São Francisco, dando seu testemunho no cotidiano de sua vida. Com isto podemos nos perguntar: por que São Francisco chamou tanto a atenção na sua época? Certamente, de imediato responderíamos: por causa de seu testemunho, vivência do Evangelho.
São Francisco, seguindo as pegadas de Jesus Cristo e procurando viver de tal maneira o Evangelho em sua vida, foi e será sempre sinal ou, melhor dizendo, será sempre um convite (chamado) a seguir as pegadas de Cristo. Para melhor compreendermos, citarei um instrumento que logo que o escutamos sabemos de que se trata e qual seu significado. Estou falando do sino da Igreja.
 Contudo, hoje, diante de tantas opções que temos, cada vez fica mais difícil de serem feita as opções. Porém, as diversidades que temos de escolhas em nossa sociedade exige muita atenção. Pois, toda a atenção na escolha pode se tornar uma revolução.
Na vida de São Francisco ele teve muitas dúvidas sobre qual caminho seguir. Depois de todo um questionamento em sua vida e discernimento, Francisco se dá conta de que todos os caminhos se dirigiam para o Senhor. Todos eles pareciam oferecer algo positivo na construção do reino do Senhor. Entre tantos caminhos, um o conduzia para o alto da solitária montanha onde o santo podia escutar o Senhor falando tão claramente, com a voz alta do silêncio. E, ainda, Francisco podia escutar o Senhor falando realmente claro, no vale entre a dor e as alegrias do povo da cidade.
Contudo, podemos nos perguntar: que caminho deveria seguir Francisco, oração ou pregação? Haveria um jeito pelo qual o Senhor o estaria chamando para percorrer os dois caminhos? Os Fioreti[1] (16) partilham conosco a solução que Francisco encontrou para seu dilema. Como sempre, ele colocou seu problema diante do Senhor pela oração. Não somente na oração, mas também na de seus companheiros e amigos Silvestre[2] e sua amiga Clara.



[1] O primeiro nome foi “Actus Beati Francisci et Sociorum Eis”, isto é “Feito de São Francisco e seus companheiros”. Posteriormente foi assim denominado “Os Fioretti”.
[2] Foi o primeiro sacerdote franciscano, que exclamou comovido: "Como posso eu, sacerdote e velho, ser menos generoso que estes jovens e ricos?" E, sem mais, lançou-se com eles na aventura de viver o Evangelho. Tornou-se, assim, o primeiro sacerdote da Ordem Franciscana.

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