Sempre quando
falamos em jovem, logo nos vem em mente toda a alegria, energia, superação,
dinamismo, vontade de mudar, de buscar o novo, de aprender, de crescer, e tanto
mais, o que é característico dele; e de fato, podemos dizer, ainda hoje, em
pleno século XXI, encontramos a verdade em tudo isto. Importante é termos a
certeza: onde há jovem sempre exala movimento que nos ajuda a desacomodarmo-nos
e a colocarmo-nos em missão. Ele nos desperta, nos desacomoda!
Em tempos onde
tudo muda muito rápido precisamos ser rápidos também. Neste corre-corre da
vida, não podemos negar, muitos valores significativos podem acabar ficando
pelo caminho, e que, por um motivo qualquer, não conseguimos mais os encontrar.
O mundo que vivemos hoje é, acreditamos, também da subjetividade e de,
consequentemente, uma crise de “morte de
sonhos”; por não sabermos onde queremos chegar, muitas vezes, acabamos caindo
dentro de nós mesmos. O poeta já dizia: “quem
não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve”. Por isso, devemos
todos, principalmente os jovens, sempre estarmos atentos!
Todo o jovem
quer ver resultados, ter respostas em seus questionamentos. Portanto, o jovem
tem sim, embora muitas vezes se diga o contrário, responsabilidade e muita
capacidade de ajudar em nossas comunidades, em nossas paróquias, em nossa Igreja. Ou
seja, ajudar nas pastorais, mostrando sua “cara” a toda a sociedade.
Numa visão
cristã, o amor, que é próprio de Deus, é que gera a vida. Quem ama, aprendemos
isso, sai de “casa”, não se fecha em si mesmo, partilha sua vida, suas
experiências, com as outras pessoas. Exemplo disso é o próprio Jesus Cristo,
Ele que veio para abrir o caminho da fraternidade, da humildade e da
compreensão.
Neste sentido,
todos nós, enquanto jovens franciscanos, enquanto família JUFRA, como “bons
franciscanos” que desejamos ser, temos, além do desejo, o compromisso e o dever
de cultivar e fazer com que outros jovens possam também fazer parte desta
família. A JUFRA – Juventude Franciscana – é uma das portas que nos ajuda a
refletir, a resgatar valores que estão dentro de cada um de nós; entre eles, a
fraternidade, a humildade, a compreensão, os quais se não forem trabalhados
podem acabar morrendo. São valores, atitudes, certamente, que vem a partir de
uma boa experiência que fazemos, na partilha de vida nossa e de outrem, e a
partir da qual toda a vida, nossa ou alheia, se transforma.
Portanto, o
carisma franciscano é a oportunidade de deixar que o ideal franciscano enquanto
JUFRA, de viver uma vida jovem de fraternidade, simplicidade, humildade,
pobreza, partilha de vida, responsabilidade para com o outro e com tudo, possa
cada vez mais se fazer presente na nossa vida, na vida de todos os jovens e na
sociedade atual.
Para
finalizarmos, lembramos do Papa Francisco, em especial da sua opção pelo nome
escolhido: “(...) Logo depois, associando com os pobres, pensei em Francisco
de Assis. Em seguida pensei nas guerras, (...) e Francisco é o homem da paz. E
assim surgiu o nome no meu coração: Francisco de Assis. Para mim, é o homem da
pobreza, o homem da paz, o homem que ama e preserva a criação; neste tempo,
também a nossa relação com a criação não é muito boa, pois não? [Francisco] é o
homem que nos dá este espírito de paz (...).”
Ele, o Papa Francisco, já está “causando”, despertando na sociedade um
retorno para o essencial, para o que realmente precisamos viver enquanto
Igreja. Nós, “jufristas”, que já optamos por esta escolha, por, onde estamos
inseridos, em nossas famílias, em nossos trabalhos, escolas, universidades,
relações, sermos seguidores desse homem que até mesmo o Papa o teve bastante
presente em seu início de Pontificado, mais do que nunca, temos um grande
desafio pela frente. Sermos “Franciscos” e “Franciscas” hoje, evangelizarmos,
principalmente os jovens, vivermos os reais valores evangélico-franciscanos. Coragem!
Assistente Espiritual - Regional SUL 3 - JUFRA
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